Dia Internacional da Não-Violência

A violência no trânsito é uma das maiores causadoras de morte no mundo

O dia 2 de outubro foi instituído pela ONU (Organização das Nações Unidas) como o Dia Internacional da Não-Violência, em homenagem a Mahatma Gandhi, que lutou pela paz dos povos e pelos direitos humanos. A ideia é conscientizar as pessoas a resolverem seus problemas seguindo um caminho de paz e respeito. Contudo, a data também serve para ressaltar que a violência no trânsito leva a óbito milhões de pessoas todos os anos.

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), “90% das mortes nas estradas ocorrem em países de baixa e média renda, mesmo que esses países tenham aproximadamente 54% dos veículos do mundo”. A OMS afirma que os acidentes de trânsito nas rodovias custam, para a maioria dos países, 3% do seu PIB (Produto Interno Bruto).

No Brasil, o consumo de automóveis cresceu significativamente entre a população nas últimas décadas. Porém, a violência no trânsito acompanhou essa crescente. A atual falta de infraestrutura nas estradas não suporta o fluxo de automóveis, causando recordes de engarrafamentos em diversas cidades do País.

Os acidentes de trânsito estão entre as dez maiores causas de mortes no mundo, ficando atrás de doenças como AVC (Acidente Vascular Cerebral), câncer e tuberculose, por exemplo. Ou seja, a violência no trânsito mata mais que muitas outras doenças. Por esse motivo, é de suma importância que existam programas eficazes de educação no trânsito, principalmente dentro das escolas e universidades, pois o trânsito também é feito de pedestres. Além disso, é preciso que as leis sejam cumpridas e efetivas para todos, acabando com a impunidade, inclusive, no teste do bafômetro.

Os jovens são os que mais perdem a vida no trânsito brasileiro todos os anos. De acordo com o boletim semestral da Seguradora Líder, que administra do Seguro DPVAT (Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres), nos primeiros seis meses de 2018 “a faixa etária mais atingida no período foi de 18 a 34 anos, representando 47% do total dos pagamentos, o que corresponde a cerca de 91 mil indenizações”.

A Líder aponta que, no período analisado, os motociclistas representaram 54% das indenizações pagas por mortes fatais, seguido dos pedestres que totalizaram 28% dos ressarcimentos da mesma natureza. Já na cobertura de DAMS (reembolso de despesas médicas e hospitalares), passageiros e pedestres representaram 16% das indenizações, cada. Das indenizações do Seguro Obrigatório pagas no primeiro semestre, 75% foram para homens e 25% para mulheres.

Em 2011, foi lançada pela ONU a “Década de Ação pela Segurança no Trânsito 2011-2020”, na qual representantes de países de todo o mundo se comprometeram a tomar novas medidas para a prevenção e redução de acidentes de trânsito, que matam cerca de 1,25 milhão de pessoas por ano.

Deste modo, no próximo dia 07 de outubro precisamos pensar no futuro que queremos para o Brasil. É preciso que, antes de votar, se faça uma pesquisa sobre a história dos candidatos na vida pública. Só assim será possível exercer o voto consciente.

Em uma era em que tantas vidas são perdidas no trânsito diariamente, devemos pensar, entre outras coisas, se o candidato escolhido prevê, em sua proposta, maiores investimentos nas rodovias do País. Pois, somente com o devido aporte financeiro é que será possível melhorar a qualidade das estradas e a educação no trânsito. Tais investimentos podem parecer insignificantes, mas são capazes de salvar milhares de vidas.